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Saltos ⭕️ & Sapatilhas

| Women’s Health Lifestyle Blog| Um blog cheio de modernices, feminices e pedacinhos de neura com ciência.

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Saltos ⭕️ & Sapatilhas

11
Out19

Entre o conservador e o selvagem

Marta Gomes

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Penso demasiado como uma mulher. Penso demasiado como uma mulher oprimida em tantos e tantos aspectos que até já me definiram como conservadora. Pode ser ridículo mas, o que é certo, é que em muitos aspectos me sinto realmente conservadora e me limito em grande escala a mim própria. Sou aquela mulher que gosta que seja o homem a conduzir o carro. Sou aquela mulher que gosta que o homem seja superior em alguma coisa... ou na altura, ou na idade, ou no sucesso profissional. Sou aquela mulher que estando numa relação, seja ela assumida publicamente ou não, fica completamente miope e não vê mais ninguém no seu raio. Até das amigas se esquece, tal é o foco. Sou daquelas mulheres que crucifica poligamias...femininas. Porque homem é homem. Homem é macho e precisa. Certamente, esta é a nossa estratégia feminina para nos protegermos. Como forma de respeito à nossa linhagem ancestral, como forma de pertencermos todas ao mesmo rebanho. Olhamos de lado a ovelha que quer fazer diferente. Achamos que é apenas uma arrogante que tem a mania que é mais do que as outras, que só quer destaque, que só quer ser diferente. Quando na realidade, ela só quer ser ela própria.

Sou a triste de uma conservadora.  

Mas sou, também, aquela mulher que adora conduzir para onde lhe apetecer. Que gosta de descobrir sitios caminhando, conduzindo, correndo sem um plano, apenas com um ideal. Sou, também, aquela mulher que se apaixona por putos, que gosta de falar abertamente sobre intimidade, dar gargalhadas altissimas e usar expressões com segundas ou terceiras intenções. A mulher que gosta de um bom sarcasmo, que gosta de provocar, que gosta de colocar as pessoas a formularem hipóteses. Sou, também, a mulher que deixa a miopia de lado e sabe apreciar um bom achado da natureza, que idealiza situações perante tais achados e que pondera correr riscos. Sou, também, a mulher que detesta a poligamia masculina, que se passa com engates fracos, e que não tem problemas em definir uma relação como meramente física. 

Perante esta dualidade entre a mulher casta feminina e a mulher selvagem masculina em que ficamos? Onde fica a real sensualidade da mulher? Será mesmo apenas um componente físico?

E continuo...Está a sociedade preparada para esta versatilidade da mulher? Estará a mulher preparada para cortar as amarras do auto-julgamento? Estará a mulher preparada para se complementar e se assumir sensual, feminina, com capacidade para correr riscos?

Para este post aposto poucos gostos e muitas leituras. É normal. São demasiadas palavras com as quais temos imensa dificuldade de lidar, de mostrar que lemos sobre o assunto, que temos uma opinião. Mas, na realidade, não são os gostos que interessam. Não é a necessidade de agradar a um grande número de pessoas que interessa. O que interessa é a liberdade de expressão. Consciente liberdade. 

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